[Resenha] Os Donos Da Vida

Sinopse:
As gotas da forte chuva batiam com força no rosto de Josué. Ele corria pelas calçadas pela necessidade de chegar a tempo. E, naquele inesquecível dia, ele carregava consigo as intensas lembranças de sua grande e difícil aventura. Aventura em que ele teria que fazer o inimaginável para salvar a alguém que fazia parte das pessoas que ele mais amava.
O que eu achei?
Enquanto a policia investiga o roubo de equipamentos de um laboratório e o envolvimento de um cientista no roubo, Josué entra na linha de investigação, uma vez que ele era amigo do tal cientista. Contudo, ele nada sabe do paradeiro do amigo nem de informação alguma. De uma hora pra outra, Josué vê sua vida ser tragada para um buraco quando descobre que seu filho está seriamente doente. Sem saber o que fazer e sem boas previsões para o filho, Josué entra numa angustia solitária... e nesta hora seu amigo reaparece e o oferece uma solução quase impossível de se acreditar, mas que Josué aceitou sem pestanejar.

A história é um thriller do inicio ao fim, onde acompanhamos Josué ir e vir, com a ajuda de uma criação única de seu amigo, atrás de uma cura para a doença de seu filho, numa corrida desesperada, onde irá se deparar com muitas descobertas que pareceriam inconcebíveis, não estivesse ele vivendo e vendo com seus próprios olhos. A mistura de sci-fi e thriller, com muitas pegadas de mistério e drama, deixaram o desenrolar da história com um misto de momentos eletrizantes de ação e momentos de questionamentos pessoais, descobertas e planejamentos de ação. A história consegue prender bastante a atenção, e seus capítulos curtos fazem a leitura ser muito mais dinâmica e sem enrolação ou falatórios desnecessários. Há também momentos de questionamentos morais, onde nos faz pensar e nos questionar quanto a nossa própria posição diante de decisões a serem tomadas: fazer o certo para nós ou para todos é a melhor opção?

Somente duas questões me chamaram a atenção um pouco pro lado negativo: primeiro foram os vícios de linguagem na escrita, onde algumas palavras eram repetidas em demasia em um mesmo parágrafo ou página e, segundo, a caracterização das falas do ponto de vista de cada personagem e sua importância/posição na história – a linguagem utilizada por um policial as vezes se assemelhava à utilizada por um homem comum e, até mesmo, à de um homem importante ou cientista. Contudo, nada disso afetou de forma negativa o caminhar da história ou o a forma como o conteúdo é entregue.

Ao se deparar com o final da história, a pergunta que fica para os leitores (e que eu achei ótima) é: e você, o que faria no lugar de Josué?


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